Do que vale um bom batom,
se meus lábios procuram por um beijo
Do que vale um bom casaco,
se os meus braços aguardam
aquecer-se em outro peito
Do que vale um tom de lápis,
se meus olhos já não brilham mais
Do que vale um bom esmalte,
se minhas mãos esperam a maciez de outras mãos
Do que vale um corpo esbelto,
se minha alma não me agrada
Do que vale ser jovem,
se dentro, a velhice já veio me aquecer
Do que vale a vaidade,
se a vida...ah a vida!
se esqueceu de esculpir meu grande amor...
Cínthia Macedo (31/07/2007)
sábado, 22 de março de 2008
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3 comentários:
Interessante o poema. Estamos sempre a procurar por tudo o que já temos e apenas enxergamos no outro: o próprio amor.
Beijokas,
Gabbis.
Cinthia! Adorei o blog, pq gosto muito da alentejana Florbela Espanca, e gostei também da sua poesia, pois hoje a vaidade e a futilidade estão por toda parte, mas vc expressou um pensamento crítico, autêntico e mesclado àquela inquietação dos poetas.
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