quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sempre bela - Ellis Regina


"Nessa hora e meia, a gente vai falando do jeito da gente. Os tempos da ingenuidade. Da desatenção. Do não saber de nada. Do susto que se tomou ao se conhecer quase nada. Dos tempos da quixotada. Dos restos de amadorismo. Do amadurecimento. Da raiva. Essas coisas todas que foram transformando a gente. Que hoje tem o mesmo riso, faz a mesma algazarra, gosta de cachaça, etc...Mas, que melhorou o jogo de cintura, aprimorou o físico, desenvolveu o faro. Além de ter aprendido a prender a respiração quando o cheiro não é dos melhores. O concerto é isso aí. Devagarinho vai se levando. Prá no final, a esperança ser posta na berlinda, de novo. Esperança de vida nova. Esperança que pinta, mas já com a certeza de que a gente tem que cavar. Tem que tomar, Na marra...rindo, se possível."
E como diria o meu querido amigo e sabio Filipe Macedo...e me disse Ellis Regina

Procuro o caçador de sonhos...


Breve amanhecer...

Com a presa, parte das coisas não existem mais
não é possível enxergar com magia
Atolados no estress do dia-a-dia...

A discórdia, insegurança, a batalha
ditam as regras, fazem escola,
são metas de vida...

As flores, já não exalam mais amor
O vento de tão rude, bate forte,
torna-se quase, A - M - E - A - Ç - A - D - O - R
Os passaros, voam sem direção...

Nesse breve amanhecer, o céu está cinza,
a vontade deu espaço a preguiça...
a agonia tomou conta, E - N - F - E - R - N - I - Z - A

Presos do outro lado do espelho,
a vida, a A - L - E - G - R - I - A
Não são mais sentidas...

Cínthia Macedo
escrito em 14/05/2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.E lastimava, ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.A ausência é um estar em mim.E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,que rio e danço e invento exclamações alegres,porque a ausência, essa ausência assimilada,ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

O poder das palavras...

Só as palavras me libertam...

domingo, 3 de maio de 2009

Sonho Vago

Um sonho alado que nasceu um instante,
Erguido ao alto em horas de demência...
Gotas de água que também em cadência
Na minha alma tristíssima, distante...

Onde está ele o Desejado? O Infante?
O que há de vir e amar-me em doida ardência?
O das horas de mágoa e penitência?
O Príncipe Encantado? O Eleito? O Amante?

E neste sonho eu já nem sei quem sou...
O brando marulhar dum longo beijo
Que não chegou a dar-se e que passou...

Um fogo-fátuo rútilo, talvez...
E eu ando a proocurar-te e já te vejo...
E tu já me encontrastre e não me vés!...

Florbela Espanca

Razão

Se perder em vão
nessa ambiguidade
do amor e do ódio
do prazer e da realidade...

Que figura estranha,
que de dentro eu nego,
que no peito expande,
que da dor floresce...

Nasci da ilusão
do fogo ardente de uma paixão...
de peça em peça, na confusão...
descobri de novo a minha razão...

Cínthia Macedo
Poema escrito em 02/05/2007

Retomada


Passei meses longe dos meus versos, da minha poesia. Passei dias questionando o porque que escrevia. Passei tempos e tempos escondendo a minha arte...


Volto contente ao meu espaço, pois tranquila, volto ao expor minha verdade, minha essência, minha vida...