Um sonho alado que nasceu um instante,
Erguido ao alto em horas de demência...
Gotas de água que também em cadência
Na minha alma tristíssima, distante...
Onde está ele o Desejado? O Infante?
O que há de vir e amar-me em doida ardência?
O das horas de mágoa e penitência?
O Príncipe Encantado? O Eleito? O Amante?
E neste sonho eu já nem sei quem sou...
O brando marulhar dum longo beijo
Que não chegou a dar-se e que passou...
Um fogo-fátuo rútilo, talvez...
E eu ando a proocurar-te e já te vejo...
E tu já me encontrastre e não me vés!...
Florbela Espanca
domingo, 3 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário